O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, confirmou a indicação do nome de Nancy Sutley (foto), Lésbica assumida, para assumir a direção da equipe de proteção ao meio ambiente do novo governo.Nancy Sutley é vice-prefeita de Los Angeles e importante ativista Gay nos EUA .
Segundo Obama, ela é a pessoa mais adequada a presidenciar o Conselho para a Qualidade Ambiental.Com a nomeação, Nancy Sutley deve deixar o cargo de vice-prefeita para ser a primeira representante da Comunidade Gay num cargo de extrema importância na administração Obama.
http://mixbrasil. uol.com.br/ mp/upload/ noticia/11_ 101_70331. shtml
domingo, 21 de dezembro de 2008
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Meia entrada, quero meu direito por inteiro!
Na última quinta—feira, 27/11, o deputado federal Eudes Xavier - (PT-CE) participou de um ato pelas ruas de Fortaleza promovido pelos estudantes de varias escolas públicas da capital, contra a limitação da meia cultural.
Inicialmente, os estudantes concentraram-se na Praça da Bandeira seguindo pelas ruas do Centro da cidade até a Praça do Ferreira, puxando gritos de ordem e demonstrando total insastifação contra a lei arbitrária de sistema de cotas. O Projeto de lei de autoria do senador tucano Eduardo Azevedo e que traz substitutivo da senadora Marisa Serrano tem como intuito limitar em 40% o direito dos estudantes de pagarem meia-entrada. Ainda estabelece que a meia-entrada não valerá nos cinemas em finais de semana e feriados locais ou nacionais. Para todos os outros eventos, como peças teatrais e shows, a meia-entrada não valerá no período de quinta a sábado.
Inicialmente, os estudantes concentraram-se na Praça da Bandeira seguindo pelas ruas do Centro da cidade até a Praça do Ferreira, puxando gritos de ordem e demonstrando total insastifação contra a lei arbitrária de sistema de cotas. O Projeto de lei de autoria do senador tucano Eduardo Azevedo e que traz substitutivo da senadora Marisa Serrano tem como intuito limitar em 40% o direito dos estudantes de pagarem meia-entrada. Ainda estabelece que a meia-entrada não valerá nos cinemas em finais de semana e feriados locais ou nacionais. Para todos os outros eventos, como peças teatrais e shows, a meia-entrada não valerá no período de quinta a sábado.
Para Verônica Maia, secretária de juventude do PT/Fortaleza, “esse é o momento de todos os movimentos sociais se mobilizarem contra esse projeto de lei. Ele fere décadas de luta do movimento estudantil pela democratização do acesso à cultura.”
Já Gabriela Batista, conselheira nacional de juventude/ Rede de Juventude pelo Meio Ambiente, afirma que " o estado tem o dever de assegurar aos jovens diretos iguais, direito a cultura, educação, lazer, trabalho, moradia e participação nos espaços de decisão. Esse projeto de lei demonstra o autoritarismo, a segregação dos diversos jovens que não estão em mesmas condições sociais e o descaso com os brasileiros“.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) entende que a formação do estudante está muito além da sala de aula. " A sua participação em atividades extra-curriculares dentro e fora da universidade é fundamental para a formação de cidadãos críticos capazes de construir uma sociedade melhor. Sendo assim repudiamos qualquer projeto de lei que limite a meia entrada de estudantes à atividades culturais como teatro, cinema, shows, estádios, etc ", assegura Rafael Chagas, diretor de políticas educacionais da UNE.
Para o deputado Eudes Xavier, esse projeto de lei afetará diretamente os estudantes mais pobres, pois alem do direito a meia nas passagens de ônibus, a meia cultural é um mecanismo que garante a complementação da formação acadêmica dos jovens, facilitando o seu acesso aos bens culturais.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Transformação social e cultura juvenil
Como disse Albert Camus, para superar a angústia, nada como a revolta. Esse “revoltar”, sempre associado à juventude, nada tem a ver com sua condição biológica peculiar e tampouco é um estado de espírito.
Essa revolta é uma recusa dos muros que lhe obstaculizam o presente e o futuro. Não há outra opção para a juventude senão a de construir o presente com os olhos no futuro, porque o passado faz parte de uma história oficial, que na maioria das vezes não corresponde à realidade vivida. Mas, essa herança, que o jovem não pediu que existisse, é também o principal obstáculo para o surgimento de novas formas de expressão e convívio social típicos dos jovens. Em meio a esses confrontos, entre a tradição e a novidade, é que o jovem vai fazer suas escolhas. No contato com as diversas ideologias existentes, suscetível à mídia e aos apelos de consumo, e, na periferia, mediante a convivência com o desemprego e a violência. Mesmo nesse horizonte de incertezas surgem jovens apaixonados pela cultura, pelo esporte, pela contracultura. Não é que se dividam entre críticos e alienados. É que todos têm nas suas mais variadas formas de apego, de identidade e manifestação social, uma necessidade de externar os conflitos que sabem existir entre si e o mundo, e aqueles que dizem respeito a si mesmos. Do seio da juventude desponta o novo, como expressão concreta da realidade constantemente transformada e re-transformada. A idéia de remix, que ganhou expressão com a consolidação da figura do DJ, é um bom exemplo de como a juventude tem feito uso das tecnologias para deixar sua marca, criando novas músicas a partir de outras já conhecidas. Mas, essa operação de inventar e reinventar o mundo, que é própria de uma atitude contestadora, e que pode ser verificada no campo da música, do cinema, das artes plásticas, das artes em geral, é também objeto de desejo dos capitalistas. A indústria da cultura, de olho no lucro, se empenha em transformar as expressões contestatórias, nascidas na periferia do sistema, em novos produtos de consumo, lotando as prateleiras dos grandes supermercados de CD´s de rap e tudo aquilo que interesse à juventude. Nesse processo, vão surgindo versões domesticadas de cultura juvenil, prontas para os programas de auditório e as vitrines de shopping centers. Essa canibalização da cultura própria da juventude, essa inversão de valores promovida pelos interesses de poucos em detrimento de muitos, força a juventude a organizar-se para melhor expressar seu descontentamento diante da desigualdade e da falta de perspectivas futuras. Por isso é que, cada vez mais, surgem grupos de zine, “posses” de rap, capoeira, mas também grêmios estudantis, diretórios acadêmicos, instituições e a organização da juventude dentro dos partidos políticos. No momento em que lembramos os 40 anos de morte do líder revolucionário Che Guevara, exemplo de vida para muitos de nós, queremos refletir sobre a participação da juventude nos rumos do país, reconhecendo o importante papel que esse segmento sempre teve. Guevara fez da própria vida um exemplo a ser seguido, não só quando se aventurou a lutar pela liberdade da América Latina, mas também nos momentos em que, sendo ministro de estado, participou da colheita de cana de açúcar junto ao povo cubano. Nessa Conferência Estadual de Juventude, esperamos que as decisões tomadas reflitam aquilo que há de mais revolucionário na juventude cearense transformando-se em políticas capazes de dar conseqüência a essa vontade de mudar as coisas pra melhor. Mas, acima de tudo, que nossa mensagem sirva para alertar os jovens da necessidade de defender diariamente seus valores, fazendo do socialismo uma bandeira necessária.
Essa revolta é uma recusa dos muros que lhe obstaculizam o presente e o futuro. Não há outra opção para a juventude senão a de construir o presente com os olhos no futuro, porque o passado faz parte de uma história oficial, que na maioria das vezes não corresponde à realidade vivida. Mas, essa herança, que o jovem não pediu que existisse, é também o principal obstáculo para o surgimento de novas formas de expressão e convívio social típicos dos jovens. Em meio a esses confrontos, entre a tradição e a novidade, é que o jovem vai fazer suas escolhas. No contato com as diversas ideologias existentes, suscetível à mídia e aos apelos de consumo, e, na periferia, mediante a convivência com o desemprego e a violência. Mesmo nesse horizonte de incertezas surgem jovens apaixonados pela cultura, pelo esporte, pela contracultura. Não é que se dividam entre críticos e alienados. É que todos têm nas suas mais variadas formas de apego, de identidade e manifestação social, uma necessidade de externar os conflitos que sabem existir entre si e o mundo, e aqueles que dizem respeito a si mesmos. Do seio da juventude desponta o novo, como expressão concreta da realidade constantemente transformada e re-transformada. A idéia de remix, que ganhou expressão com a consolidação da figura do DJ, é um bom exemplo de como a juventude tem feito uso das tecnologias para deixar sua marca, criando novas músicas a partir de outras já conhecidas. Mas, essa operação de inventar e reinventar o mundo, que é própria de uma atitude contestadora, e que pode ser verificada no campo da música, do cinema, das artes plásticas, das artes em geral, é também objeto de desejo dos capitalistas. A indústria da cultura, de olho no lucro, se empenha em transformar as expressões contestatórias, nascidas na periferia do sistema, em novos produtos de consumo, lotando as prateleiras dos grandes supermercados de CD´s de rap e tudo aquilo que interesse à juventude. Nesse processo, vão surgindo versões domesticadas de cultura juvenil, prontas para os programas de auditório e as vitrines de shopping centers. Essa canibalização da cultura própria da juventude, essa inversão de valores promovida pelos interesses de poucos em detrimento de muitos, força a juventude a organizar-se para melhor expressar seu descontentamento diante da desigualdade e da falta de perspectivas futuras. Por isso é que, cada vez mais, surgem grupos de zine, “posses” de rap, capoeira, mas também grêmios estudantis, diretórios acadêmicos, instituições e a organização da juventude dentro dos partidos políticos. No momento em que lembramos os 40 anos de morte do líder revolucionário Che Guevara, exemplo de vida para muitos de nós, queremos refletir sobre a participação da juventude nos rumos do país, reconhecendo o importante papel que esse segmento sempre teve. Guevara fez da própria vida um exemplo a ser seguido, não só quando se aventurou a lutar pela liberdade da América Latina, mas também nos momentos em que, sendo ministro de estado, participou da colheita de cana de açúcar junto ao povo cubano. Nessa Conferência Estadual de Juventude, esperamos que as decisões tomadas reflitam aquilo que há de mais revolucionário na juventude cearense transformando-se em políticas capazes de dar conseqüência a essa vontade de mudar as coisas pra melhor. Mas, acima de tudo, que nossa mensagem sirva para alertar os jovens da necessidade de defender diariamente seus valores, fazendo do socialismo uma bandeira necessária.
Eudes Xavier é deputado federal pelo PT, foi coordenador do ProJovem Fortaleza e é integrante da Frente Parlamentar de Juventude
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