domingo, 22 de agosto de 2010

O POVO Online - Cidades | Acusado de matar travesti em Fortaleza vai a julgamento na próxima 2ª feira

O POVO Online - Cidades | Acusado de matar travesti em Fortaleza vai a julgamento na próxima 2ª feira

A 2ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua levará a julgamento, na próxima segunda-feira, 23, o réu Tiago da Silva Ricarte. Ele é acusado de matar o travesti Rafael Freitas Guedes, conhecido como Sthephanny Pazziny, no dia 28 de agosto de 2007, no bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza.

Tiago Ricarte responde ao processo por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima.

O réu já havia sido julgado, no dia 3 de junho do ano passado, quando foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto. Inconformado com a sentença, o Ministério Público recorreu da decisão e o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) deu provimento ao recurso, por considerar que os jurados foram contrários às prova dos autos, determinando, assim, que o acusado fosse submetido a novo julgamento.

O crime ocorreu em um salão de beleza, localizado na avenida Central. Segundo a acusação, a vítima mantinha um relacionamento amoroso com o réu. O desentendimento entre os dois teria iniciado quando o travesti revelou o “caso” à namorada de Tiago, através de uma mensagem no site de relacionamentos Orkut.

Redação O POVO Online com informações do TJ-CE

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mistura de gentes

Tod@s estão convidados/as para a "Quinta Cultural da Asistencia Social".
A atividade será uma "mistura de gentes".
Quando? Quinta, 12/08
Local? Comitê do companheiro da nossa gente Antonio Carlos
Endereço: Avenida da Universidade, 1972.
Horas? A partir das 19h.


domingo, 8 de agosto de 2010

Hildegard Angel - Veja quem já está com Dilma

Rita Ribeiro - Cavaleiro de Aruanda

Emir Sader: A mídia e o escândalo Lula | Conversa Afiada

Emir Sader: A mídia e o escândalo Lula | Conversa Afiada

Emir Sader: A mídia e o escândalo Lula

Quem olhasse para o Brasil através da imprensa, não conseguiria entender a popularidade do Lula. Foi o que constatou o ex-presidente português Mario Soares, que a essa dicotomia soma a projeção internacional extraordinária do Lula e do Brasil no governo atual e não conseguia entender como a imprensa brasileira não reflete, nem essa imagem internacional, nem o formidável e inédito apoio interno do Lula.

Acontece que Lula não se subordinou ao que as elites tradicionais acreditavam reservar para ele: que fosse eternamente um opositor denuncista, sem capacidade de agregar, de fazer alianças, se construir uma força hegemônica no país. Ficaria ali, isolado, rejeitado, até mesmo como prova da existência de uma oposição – incapaz de deixar de sê-lo.

Quando Lula contornou isso, constituiu um arco de alianças majoritário e triunfou, lhe reservavam o fracasso: ataque especulativo, fuga de capitais, onda de reivindicações, descontrole inflacionário, que levasse a população a suplicar pela volta dos tucanos-pefelistas, enterrando definitivamente a esquerda no Brasil por vinte anos.

Lula contornou esse problema. Aí o medo era de que permanecesse muito tempo, se consolidasse. Reservaram-lhe então o papel de “presidente corrupto”, vitima de campanhas orquestradas pela mídia privada – como em 1964 -, a partir de movimentos como o “Cansei”. Ou o derrubariam por impeachment ou supunham que ele pudesse capitular, não se candidatando de novo, ou que fosse, sangrado pela oposição, ser derrotado nas eleições de 2006. Tinham lhe reservado o destino do presidente solitário no poder, isolado do povo, rejeitado pelos “formadores de opinião”, vitima de mais um desses movimentos que escolhem cores para exibir repudio a governos antidemocráticos e antipopulares.

Lula superou esses obstáculos, conquistou popularidade que nenhum governante tinha conseguido, o povo o apóia. Mas nenhum espaço da mídia expressa esse sentimento popular – o mais difundido no país. O povo não ouve discursos do Lula na televisão, nem no rádio, nem os pode ler nos jornais. Lula não pode falar ao povo, sem a intermediação da mídia privada, que escolhe o que deseja fazer chegar à população. Nunca publica um discurso integral do presidente da republica mais popular que o Brasil já teve. Ao contrário, se opõem frenética e sistematicamente a ele, conquistando e expressando os 3% da população que o rejeita, contra os 82% que o apóiam.

Talvez nada reflita melhor a distância e a contraposição entre os dois países que convivem, um ao lado do outro. Revela como, apesar da moderação do seu governo, sua imagem, sua trajetória, o que ele representa para o povo brasileiro, é algo inassimilável para as elites tradicionais. Essa mesma elite que tinha uma imensa e variada equipe de apologetas de Collor e de FHC, não tolera o fracasso deles e o sucesso nacional e internacional, político e de massas, de um imigrante nordestino, que perdeu um dedo na máquina, como torneiro mecânico, dirigente sindical e um Partido dos Trabalhadores, que não aceitou a capitulação ou a derrota.

Lula é o melhor fenômeno para entender o que é o Brasil hoje, em todas as posições da estrutura social, em todas as dimensões da nossa história. Quase se pode dizer: diga-me o que você acha do Lula e eu te direi quem és.

Fonte: Carta Maior