quinta-feira, 30 de abril de 2009

ProUni mostra a que veio


Para o povo do contra.... Isso é um tapa né!




Levantamento do IBOPE, a pedido do Ministério da Educação, revela que a primeira turma de graduados do Programa Universidade para Todos, o ProUni, instituído em 2004, sai da faculdade empregada e com alto índice de satisfação com esse programa do governo federal.São 156 mil jovens que iniciaram seus estudos em 2005 e agora, entram no mercado de trabalho. Segundo a pesquisa, que entrevistou cerca de 1,2 mil recém-formados, 80% dos universitários concluem o 3º grau do ensino já empregados. Antes do programa, o índice era de 56%. Além disso, 68% dos entrevistados afirmaram que a renda familiar aumentou e 28% garantiram que a renda aumentou muito. A pesquisa também revela que nas regiões Sul e Sudeste, a taxa de emprego dos que saem da universidade na qual estudaram pelo ProUni é de 83% a 81%, respectivamente. Já no Norte e Centro Oeste, o índice atinge 79%. A satisfação dos bolsistas com o programa, uma das promessas de campanha do presidente Lula, bate um recorde: 99% estão satisfeitos e 8 de cada 10 jovens formados afirmaram que outros integrantes da família ficaram motivados a participar do ProUni e a tentar uma vaga no ensino superior.Hoje, o programa beneficia 450 mil alunos. A cada semestre são oferecidas de 100 a 150 mil bolsas integrais ou parciais destinadas aos estudantes que tiveram a vida escolar no ensino público (ou bolsistas de escolas particulares), com renda per capita de 3 salários mínimos, selecionados a partir do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

1º de Maio: a juventude contra a exploração do trabalho juvenil


A maior parcela dos jovens e das jovens do país é trabalhadora. Seja porque estejam trabalhando, seja porque estejam à procura de trabalho. Vivem uma dura realidade, dada a intensificação da exploração do trabalho de jovens. Sua condição social é de vulnerabilidade.Para que a juventude não fique à mercê da ânsia do capital, é preciso que haja políticas públicas que possam protegê-la da exploração do trabalho. É papel do Estado evitar que a juventude precise procurar trabalho, pois estará condenada às piores condições. Ela necessita do direito de não trabalhar.Nesse 1º de Maio, os jovens e as jovens do país precisam expressar o desejo consciente de recusar a exploração do trabalho.Condenação ao trabalho indecenteO mercado de trabalho brasileiro possui características extremamente negativas: altas taxas de desemprego, profunda precarização nas relações de trabalho e ampla liberdade dos empresários para demitir, estabelecer jornadas de trabalho e vínculos de trabalho. Nos anos neoliberais, sob o Governo Fernando Henrique Cardoso, foram ampliados todos esses aspectos negativos. Ao mesmo tempo, o governo tucano reduziu os investimentos sociais, principalmente no que diz respeito à educação pública.Com elevação contínua do desemprego, desvalorização do trabalho e empobrecimento das famílias, o neoliberalismo jogou massas de jovens ao mundo do trabalho. Mas essa juventude foi jogada de forma vulnerável: precisavam aceitar qualquer tipo de trabalho para poder ajudar na renda das suas famílias.Trata-se de uma mão-de-obra mais desqualificada e com menor experiência. Por aceitar as piores condições, os capitalistas acabam contratando jovens temporariamente, com salários menores e sem o risco que eles venham a participar do sindicato. Sim, porque o medo de perder o emprego faz com que o jovem não atenda a convocação do sindicato para lutar por seus direitos.Uma das conseqüências dessa situação é que a maioria da juventude trabalhadora está ocupada em trabalhos informais, ou seja, não possuem carteira de trabalho assinada. Com isso, não possuem proteção social do Estado. Em outras palavras, não tem direito a férias remuneradas, licença-maternidade, auxílio-doença e não poderão gozar de uma aposentadoria. A maioria da juventude trabalhadora está desprotegida socialmente, dada a forma como ela entra no mercado de trabalho.Vejamos o exemplo das jovens mulheres oriundas de famílias pobres. Condenadas ao trabalho doméstico e ao cuidado da família, abandonam cedo os estudos. Trabalhando fora de casa, ainda muito novas, serão trabalhadoras domésticas com baixos salários, sem carteira assinada e com longas jornadas (de domingo a domingo). Mesmo quando têm acesso a políticas públicas de reinserção à educação e à qualificação, como o Projovem, do Governo Federal, a evasão delas é superior a dos homens. Isso porque a ausência de creches públicas e continuidade da responsabilização da mulher sobre o cuidado dos filhos impõe a elas a única opção: voltar ao trabalho doméstico.As mulheres jovens têm no trabalho doméstico sua principal forma de inserção ocupacional. Elas seguem o caminho inverso ao dos homens. De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), apenas 0,6% dos jovens homens entre 14 e 29 anos que somente trabalham e não estudam estão ocupados em trabalhos domésticos. Esse percentual sobe para 16% para as jovens mulheres. E, para elas, a informalidade também é regra: apenas 3% possuem carteira assinada.Dada a situação tão exposta à exploração do trabalho, são os jovens os mais impactados pelo adoecimento provocado pelo fato de trabalhar. De acordo com o Anuário Estatístico da Previdência Social 2007, cerca de 40% dos acidentes de trabalho ocorrem com jovens. Sendo obrigados a aceitar as piores condições de trabalho e, dada a ausência de mecanismos fortes de proteção social, a juventude trabalhadora está mais sujeita a acidentes e doenças provocadas pelo trabalho.Pelo direito de não trabalharValorizar o trabalho de jovens significa criar mecanismos que impeçam o trabalho informal e a entrada precoce no mercado de trabalho. A exigência de políticas de Estado que punam empresários que não formalizam contratos deve somar-se à inclusão de cláusulas nos acordos coletivos que imponham regras para facilitar a permanência ou o retorno ao sistema educacional formal. Isto reduz o impacto sobre a precarização do trabalho juvenil. Porém, não evita que cada vez mais jovens inicie a busca por uma ocupação.A origem social do jovem (a condição de vida da sua família) é o que define a forma da sua inserção no mercado de trabalho. Os jovens de famílias com maior poder aquisitivo têm melhor inserção no mercado de trabalho. Estas possuem condições de financiar a vida estudantil de seus filhos. Não estamos falando aqui de famílias ricas. Mas, com condições de permitir que seus filhos possam estudar e ter acesso à arte e ao lazer, se assim o quiserem.Desta forma, esses filhos de famílias com maior poder aquisitivo entram no mercado de trabalho mais tarde, quando terminam seus estudos. Acessam ocupações formais com carteira assinada, com maior remuneração e, portanto, possuem um perfil mais protegido socialmente.Não é o que ocorre com a maioria das famílias brasileiras. Cerca de 60% dos jovens brasileiros pertencem a famílias que possuem renda per capita familiar de até um salário mínimo. Esses pais e mães não têm condições de financiar a vida estudantil de seus filhos e filhas.Entre os jovens que somente trabalham e não estudam, os mais novos são também os mais pobres. Ou seja, quanto mais pobre for sua família, mais cedo o jovem necessita entrar no mercado de trabalho. Ele é uma fonte de renda extra para a família, importante para a sobrevivência coletiva. Acabam abandonando seus estudos para dedicar integralmente o seu tempo ao trabalho.Garantir o direito à educação é exigir a criação de políticas educacionais, públicas e universais, que possibilitem reverter o quadro alarmante do número da evasão escolar provocada pela necessidade de trabalhar. A CUT defende o incremento de políticas de transferência de renda que garantam aos estudantes sua permanência no sistema educacional. Se as famílias, por sua baixa renda, não tem condições de mantê-los longe da exploração do trabalho, essa manutenção deve ser responsabilidade do EstadoSomente por meio de com políticas emancipatórias é que a juventude poderá exercer o direito de não trabalhar.Resistência juvenil ao domínio do capitalA ausência de mecanismos de proteção social, o acirramento da concorrência por um posto de trabalho, a diminuição das expectativas de futuro e imposição ideológica segundo a qual as relações sociais se estabelecem por meio do consumo de mercadorias produziram impactos desastrosos sobre os princípios da coletividade e da solidariedade.A luta juvenil, na sociedade capitalista, precisa ser organizada em torno da busca pela elevação da consciência de classe. Perceber-se enquanto jovens oriundos/as da classe trabalhadora é um primeiro passo para a tomada de consciência. Organizar a luta social contra a mercantilização das relações sociais e para responsabilizar a exploração do capital pela imposição da situação precária de vida são passos significativos para a formação da identidade de classe.Os impactos desse contexto sobre a cultura política são desastrosos. Os valores e práticas políticas que advém dessa condição social contribuem para a manutenção do estado presente das coisas. São valores formados historicamente e não escolhas individuais e autônomas. Dessa forma, as saídas individuais não constituem alternativa coerente.Se não existirem formas de contraposição aos códigos sociais conservadores, mantêm-se a conformação e aceitação das opressões sociais, do hedonismo e do individualismo como instrumentos de subserviência de um adulto padrão.A juventude organizada nos movimentos sociais, como vanguarda social e política inserida no meio da classe trabalhadora, possui a tarefa de construir símbolos e valores políticos antagônicos à dominação do capital.Superar a ordem social capitalista requer a conquista de corações e mentes para participar ativamente da construção do poder popular. A construção de uma nova cultura política, com bases completamente diferentes das que estão postas, é condição necessária para a adesão consciente da juventude a esse projeto – que chamamos de socialismo democrático.Anderson Campos é sociólogo, especialista em Economia do Trabalho e Sindicalismo (CESIT/Unicamp) e assessor político-sindical da CUT Nacional.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

SEMANA DE HUMANIDADES




A UFC esta semana estara realizando sua semana de humanidades, com uma programação intensa e diversificada. Dentre tantas, destaco essa abaixo:



PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DE HUMANIDADES

16 às 18h

Painel: Inserção política e a universidade pública
Abertura: Orquestra de Flautas DDH/SRH/UFC
Expositores:
Prof. Francisco Pinheiro (Vice-Governador do Estado do Ceará)
Prof. René Barreira (Secretário de Ciência e Tecnologia e Educação Superior do Estado do Ceará)
Profª. Luizianne Lins (Prefeita de Fortaleza)
Prof. Roberto Smith (Presidente do Banco do Nordeste do Brasil)
Prof. Jesualdo Pereira Farias (Reitor da UFC)
Prof. Francisco de Assis Moura Araripe (Reitor da UECE)
Coordenadora: Profª. Maria de Fátima Oliveira Costa (Diretora do CH/UFC)
Relator: Prof. Antonio Salvador da Rocha(Pró-Reitor de Extensão-UFC)
Local: Auditório da Reitoria UFC

DILMA: O NOVO DESAFIO

Espero honestamente que a ministra saia dessa mais forte, e que toda a militancia petista num misto de ousadia e alegira ecoem para o mundo que 2010 teremos uma mulher forte e combativa presidente dessa nação;

Emir Sader

A vida de Dilma Rousseff foi feita de desafios. Não é preciso esquadrinhá-la desde sua precoce juventude política, para saber. Membro da geração que teve a felicidade de viver a juventude na década de 60, como seus melhores membros, integrou-se à resistência à ditadura militar, com tudo o que aquilo implicava para a nossa geração. Chegamos a militar juntos na mesma organização, naqueles momentos curtos, mas tão intensos, que marcaram para sempre a vida das pessoas. Quase pode dizer que conforme a maneira pela qual cada um enfrentou aqueles desafios, marcou definitivamente seu caráter e até mesmo o sentido da sua vida.
Dilma foi daquelas pessoas que enfrentou com a maior altivez os piores momentos da vida de uma pessoa – ser submetida à tortura -, pelos sofrimentos físicos incomparáveis que isso significa e pelos covardes dilemas morais que pretende impor: continuação do sofrimento ou entrega de dados que permitam prender e submeter aos mesmos sofrimentos a outros companheiros, comprometendo também o trabalho de resistência à ditadura.
O vídeo do depoimento de Dilma no Congresso, onde foi interpelada sobre por que tinha mentido durante a ditadura militar é um dos momentos mais bonitos da história política brasileira, daqueles que revela, de corpo inteiro, o que é uma pessoa. Sua dignidade, sua altivez, sua sinceridade, sua lição de política e de ética, demonstraram a superioridade moral de quem lutou e luta a vida inteira por uma sociedade justa. Colocou no seu devido lugar quem esteve do lado da resistência à ditadura e quem convocou o golpe militar, o apoiou, deu cobertura a seus atos de terror e lucrou economicamente com ela.
Quem superou com toda dignidade tudo aquilo, ganha força para seguir adiante, como Dilma seguiu. Como ela reitera sempre, se orgulha de ter participado da resistência, não tem do que se arrepender e se orgulha também de nunca ter mudado lado.
Secretaria de governo do PT no Rio Grande de Sul, conquistou o respeito de todos pela capacidade, pela entrega, pela seriedade com que enfrentou e resolveu os problemas do Estado, reativando sua trajetória de transparência, de competência e de espírito publico que a caracterizam.
Participante, desde o primeiro momento, do governo Lula, soube consolidar esse respeito, a ponto de, em um momento difícil, ganhar a confiança do Lula e assumir o cargo mais estratégico do governo, sendo a principal responsável pela grande virada que permite o imenso apoio conquistado pelas políticas governamentais.
Foi nessa condição que foi escolhida por Lula, com apoio generalizado do PT, para ser a candidata à sucessão presidencial. A doença que a acomete não é nem será obstáculo para seguir na sua trajetória vitoriosa. Será mais um desafio, mas o rosto iluminado e a transparência com que anunciou seu tratamento, revelam como é apenas mais um desafio em uma vida que é marcada pelos desafios.
Dilma é a melhor candidata à presidência e aquela que melhor pode conduzir o Brasil do governo atual a um que rompa definitivamente com as mazelas que sobrevivem no país, apesar do governo que, pela primeira vez, fez varia o ponteiro da vergonhosa desigualdade no sentido da sua diminuição. Que retomou o tema do desenvolvimento, intrinsecamente vinculado às políticas sociais. Que faz o Brasil resistir bravamente à crise e se preparar para sair dela mais forte e mais justo. Dilma é a grande condutora desse desafio, mais um, que será superado vitoriosamente, como todos os outros.
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terça-feira, 14 de abril de 2009

Entrevista do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Kürşad Kahramanoğlu



Segue anexo uma entrevista - feita pelo meu querido amigo Kürşad Kahramanoğlu, ex-Secretário Geral da ILGA - com o Presidente Lula.
Essa entrevista fou publicada num jornal turco BIRGUN.
Vejam a pergunta 7, que tem a ver com as questões LGBTs.

Postado por: Beto de Jesus
Secretário da ILGA para América Latina e Caribe


Entrevista do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Kürşad Kahramanoğlu


1. Quem seria responsável pela atual crise econômica global?

Antes de tudo, quero lhes dizer da simpatia que tenho pela Turquia e seu povo amável e hospitaleiro.

Todos sabem que essa crise econômica e financeira nasceu nos países centrais. Começou quando uma bolha imobiliária estourou nos Estados Unidos. Os sinais de descontrole financeiro se avolumavam há tempos. Dívidas não saldadas levaram a perdas enormes. Criou-se um círculo vicioso que se alastrou mundo afora, instalando-se uma grave crise que se abateu sobre a economia mundial. Os setores produtivos foram seriamente afetados, trazendo inclusive implicações para países que não têm nada a ver com isso, como é o caso do Brasil e da Turquia.

É claro que a ausência de regras adequadas favoreceu os irresponsáveis especuladores e sua ânsia ilimitada de lucro. A crise é fruto disso. E da falta de mecanismos sérios de regulação dos mercados financeiros. Essa situação mostra claramente que muitas das políticas preconizadas pelos adoradores do mercado fracassaram. Não podemos permitir que situações como essa ocorram novamente. É por isso que precisamos regular esses mercados de maneira inteligente. Estabelecer mecanismos efetivos de vigilância e de regulamentação do mundo financeiro.

Nossa responsabilidade decorre do fato de que a crise traz ameaças concretas para milhões de homens e mulheres, que podem perder emprego e renda. A crise também deixa as pessoas incertas com relação ao futuro. Mas precisamos seguir trabalhando com afinco. Cada um de nós tem sua parcela de responsabilidade para recolocar a economia mundial de volta aos trilhos.


2. Que podem fazer nessa situação os países em desenvolvimento? Que estratégia comum ou ações cooperativas países como o Brasil e a Turquia podem desenvolver, solidariamente, contra esse problema?

Temos de buscar soluções duradouras para as graves dificuldades que estamos enfrentando. Dada a dimensão global da crise, as soluções a serem adotadas precisam ser globais. Hoje, alguns países desenvolvidos estão em situação mais delicada que a de alguns países em desenvolvimento. Não seria exagerado dizer que, de um modo geral, os países desenvolvidos dependem um pouco daquilo que países em desenvolvimento vão fazer. É por isso que chegou a nossa vez nos foros multilaterais. As próximas decisões a serem tomadas pelo G-20, que se reúne em Londres, em abril próximo, representam, para nós, uma oportunidade importante.

Precisamos mudar a forma pela qual a economia global é governada pelas instituições financeiras internacionais. Elas devem ser reformadas sem demora, de modo que cumpram um papel de controle e supervisão das finanças mundiais.

Ao mesmo tempo, temos de assegurar que cada país arque com sua responsabilidade de não transferir riscos e custos a outros países, sobretudo aos mais pobres.

E a comunidade internacional não pode reduzir os programas de ajuda, sobretudo aos países mais pobres. Uma das medidas que poderíamos adotar é a pronta conclusão da Rodada Doha. Ela indicaria a decisão de uma ação global coordenada, que injetaria confiança nos mercados e conteria o surgimento de tendências protecionistas.


3. Que diferença a nova presidência de Obama fará com relação à cooperação e as relações entre os Estados Unidos e o Brasil e o restante da América Latina?

Acompanhamos, com grande interesse, a posse do Presidente Obama e as suas primeiras semanas de governo. É alta a expectativa na região a respeito da “nova página” que o novo governo americano prometeu virar no que diz respeito às relações com a América Latina.

Um dos elementos importantes para o lançamento de uma nova parceria EUA-América Latina seria uma reformulação fundamental da política americana com relação a Cuba. O levantamento do embargo sinalizaria que os EUA estão dispostos a engajar-se no diálogo, aceitar diferenças e renunciar a métodos equivocados e contraproducentes que vêm sendo utilizados por décadas.

No nível bilateral, as relações Brasil-EUA vivem um dos seus melhores momentos. Tenho certeza de que vamos, por exemplo, aprofundar e ampliar a cooperação em matéria de etanol entre nossos países, que beneficiará diretamente países centro-americanos e caribenhos, que têm livre acesso ao mercado americano.

4. Em meu país, é sonho impossível no horizonte visível ter um socialista, menos ainda um líder sindical na Presidência da República. Sei de sua história no Partido dos Trabalhadores e, é claro, sua bagagem no movimento sindical. Como esse “background” preparou-o para os desafios de sua presidência?

A democracia brasileira precisou amadurecer para permitir a eleição para a Presidência da República de um candidato com a minha trajetória de vida. Ao mesmo tempo, o êxito da minha candidatura em 2002 se deu em grande medida por causa da consciência que tivemos da necessidade de atrair outros setores para o nosso tradicional leque de alianças.

Minha experiência político-sindical foi fundamental para construir minha capacidade de negociação e apurar minha visão da necessidade de aperfeiçoar as relações capital/trabalho. Mais importante: era preciso utilizar esses meios para resgatar a dívida social no Brasil. Minha origem humilde deu-me a clareza da absoluta necessidade de erradicar a fome e a miséria não somente no Brasil, mas em todo o mundo.

5. Nos primeiros anos de seu primeiro mandato presidencial, eu lembro-me de assisti-lo em programa de televisão. O senhor disse: “A idéia de crianças irem dormir com fome em meu país é a coisa que me faz mais infeliz”. Depois de quase dois mandatos, o senhor está em condições de garantir que há menos crianças indo dormir com fome no Brasil? O que o senhor diria sobre a maior conquista de sua administração?

Garantir que todos os brasileiros tenham o direito de fazer pelo menos três refeições diárias é um objetivo que me persegue muito antes de ter sido eleito Presidente do Brasil. Nunca me conformei com o fato de o Brasil ser um país tão grande, tão rico, um dos maiores produtores mundiais de alimentos e boa parte de seu povo passar fome. É por isso que a erradicação da fome e da miséria neste país tem sido a prioridade número 1 do meu governo. As políticas de inclusão social que instituímos surtiram efeitos. Os resultados são visíveis: mais de 20 milhões de pessoas deixaram a linha da pobreza e passaram a consumir mais. A maioria da população brasileira é agora de classe média. O povo passou a viver mais dignamente. Em consequência, o mercado interno se fortaleceu. Isso fez com que estivéssemos mais preparados a enfrentar a presente crise internacional. Quero lembrar que temos um programa chamado Bolsa Família que garante uma renda mínima a onze milhões de famílias e que é uma referência em programa de transferência de renda em todo o mundo,

6. Todos sabemos de suas atividades sindicais, inclusive a organização de greves de grande magnitude. O senhor foi dirigente sindical sob o regime militar no Brasil, o qual sufocou as atividades dos sindicatos. No começo e durante seu mandato presidencial, que tipo de tensão tem havido no relacionamento entre o senhor e as Forças Armadas?

Os comandantes das três armas têm plena consciência do papel constitucional das Forças Armadas. Meu relacionamento com eles não poderia ser melhor. Eles respondem ao Ministro da Defesa, que tem feito um trabalho primoroso na área de defesa para reequipar e reestruturar as Forças Armadas. Estamos investindo significativamente na área de defesa. Vamos dar um salto de qualidade. No Brasil, as forças armadas, como cabe numa democracia, obedecem ao poder civil, que emana do voto popular

7. Por que os programas sociais tem estado no topo de sua agenda durante sua campanha eleitoral e reeleitoral? Como é um presidente católico, oriundo da classe trabalhadora fazer dos direitos humanos (inclusive os direitos da comunidade GLBT) questão prioritária?

A resposta é simples: há décadas a maioria da sociedade brasileira esperava um governo capaz de oferecer uma reparação, capaz de tirá-la do abandono a que foi relegada durante tanto tempo. Com esse compromisso cheguei à Presidência, e as ações do Governo têm a orientação de resgatar essa dívida com os brasileiros, em particular com os que são discriminados pelos mais variados motivos.

A discriminação eu conheço nas minhas entranhas, e a minha trajetória pessoal e política é de superação de preconceitos. Nordestino, de origem muito humilde, enfrentei sempre muitas dificuldades para ganhar a vida. Fui o primeiro de oito irmãos a ter um emprego com carteira assinada. Como metalúrgico e sindicalista, num país sob ditadura, experimentei com freqüência a incompreensão e a violência. De preconceitos eu entendo, e os considero a doença mais perversa na cabeça do ser humano.

Por isso, acredito que só com espírito de abertura e uma proposta de reparação, o governante verdadeiramente democrático deve encarar a diversidade do Brasil, que é, na verdade, uma riqueza. Acho que é assim que se governa uma família de 190 milhões de filhos, como o Brasil. Não há filho único: não temos apenas uma religião, uma raça, uma opção sexual. E o convívio em harmonia, na diversidade, é um objetivo a ser buscado todos os dias, por todos nós.

O diálogo aberto com todos os segmentos da sociedade, a atenção prioritária aos excluídos e a melhora das condições de vida do povo brasileiro são provas de que o respeito aos direitos humanos tem lugar assegurado na agenda deste governo, desde o início. Combatemos incansavelmente toda a forma de intolerância, de discriminação e preconceito. Avançamos consideravelmente em matéria de raça e gênero. Nossa administração criou, por exemplo, o programa “Brasil sem Homofobia” e apóia projeto de lei que criminaliza atitudes ofensivas ou discriminatórias em matéria de orientação sexual.

8. Como no Brasil, em meu país engraxar sapatos é o trabalho tradicional dos garotos mais pobres. Como ex-engraxate, o senhor tem alguma mensagem para os muitos engraxates da Turquia?

Quero dizer a eles que, em primeiro lugar, façam seu trabalho bem feito para poderem se orgulhar dele. Todas as atividades profissionais devem ser valorizadas por todos. Em segundo lugar, que não deixem de terminar seus estudos para que mais portas possam se abrir em termos de oportunidades profissionais na vida. Que não desistam nunca de ter uma vida melhor e mais digna para eles e suas famílias.




quinta-feira, 9 de abril de 2009

Diversidade Cultural

Ministério da Cultura publica edital de concurso para premiar e fortalecer organizações LGBT
Fortalecer as organizações sócio-culturais LGBT, conhecer e divulgar as ações culturais dessas instituições, apoiar iniciativas de afirmação de orientação sexual, identidade de gênero e da cultura da paz que contribuam para o combate à homofobia e mapear essas organizações.
São com esses objetivos que o Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/MinC), publicou no Diário Oficial da União (Seção 3, página 9) desta segunda-feira, 16 de março, edital contendo normas específicas para realização do concurso público Prêmio Cultural LGBT 2009. As inscrições começam na próxima segunda-feira, 23 de março, e terminam no dia 8 de maio.
O concurso visa premiar iniciativas culturais exemplares e que tenham ocorrido no período de 1º de janeiro de 2007 a 28 de fevereiro de 2009. Os projetos devem ter contribuído para o combate à homofobia, para o aumento da visibilidade do segmento LGBT e valorizado sua existência. Serão selecionadas até dois projetos por estado, sendo um por município. Cada instituição selecionado receberá como premiação o valor de R$ 23 mil.
O concurso será realizado de forma regionalizada e deverá premiar até 54 iniciativas, contemplando as regiões brasileiras da seguinte forma: até oito iniciativas das regiões Centro-Oeste e Sudeste, cada; até seis da Sul; até 14 da Norte e até 18 da Nordeste. Caso não tenham sido premiadas todas as iniciativas da região, os prêmios remanescentes serão destinados às que obtiverem maior pontuação na classificação geral, independente da sua região.
Poderão inscrever-se instituições privadas, sem fins lucrativos que tenham natureza cultural e sejam consolidadas na atuação com comunidades LGBT e que tenham, no mínimo, três anos de existência. Não poderão se inscrever, para esse concurso, os projetos ou iniciativas que tenham sido beneficiados com recursos do Fundo Nacional da Cultura, em 2008.
Para se inscrever os interessados deverão ler atentamente o edital, preencher o formulário de inscrição, anexar os documentos pedidos, além de materiais complementares de acordo com a proposta. Leia a íntegra do Edital.
O envelope deve ser encaminhado pelos Correios para o seguinte endereço:
Concurso Público Prêmio LGBT 2009Caixa Postal nº 8591- SHS Quadra 02 Bloco BCEP 70312-970Brasília - DF

(Marcos Agostinho, Comunicação Social/MinC)

Planejamento da juventude


A Secretaria da Juventude do PT de Fortaleza realiza seu planejamento no dia 26 de abril, a partir das 8h30min.


A atividade tem como pauta principal a construção da 1ª Caravana Municipal da Juventude do PT (JPT) nos bairros de Fortaleza.De acordo com a programação, umas das mesas de debate que está planejada discutirá o papel na JPT na transformação social. A atividade segue durante todo o dia, devendo ser finalizado às 17h.A atividade acontece na sede do PT municipal (Avenida da Universidade, 2056. Benfica)Contatos: 3226-3702/8759-4156/8852-4544

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Popularidade de Lula reconhecida mundialmente





A imprenssa burguesa insiste em abafar o avanço social que o Brasil teve nesses ultimos 06 anos. Por outro lado a esquerdalha (os iluminados), esqueceram os varios anos na frente das batalhas socialistas e hoje resumen-se apenas em grupinhos pseudointelectuais que não atigem as massas e muito menos a classe trabalhadora. Viva o Brasil e viva ao esforço do presidente Lula!




Nobel da Paz para LulaLula pode ser o próximo ganhador do Nobel da Paz. A avaliação está sendo divulgada por um embaixador de país árabe sediado em Brasília.De acordo com esse embaixador, se depender do Oriente Médio (excluindo Israel) e dos países africanos, Lula pode considerar-se vitorioso.Segundo o embaixador, quem deu a partida foi o presidente Obama, cuja manifestação de carinho ao brasileiro foi repercutida em todo o mundo.Ao se referir a Lula “esse é o cara…Eu adoro esse cara”, o presidente estadunidense nada mais fez do que lançar a candidatura do presidente brasileiro ao Nobel da Paz.“Ele é o político mais popular da terra”, continuou o presidente Obama. Nem completou a frase, pois outros presidentes o acompanharam endossando a sua admiração pelo brasileiro.O Fome Zero, criado por Lula, foi muito discutido no encontro do G-20 e olimpicamente ignorado, mais propriamente "escondido', pela mídia brasileira.Outra manifestação muito comentada durante o encontro foi a verdade universal dita pelo presidente Lula sobre os responsáveis pelas eternas crises mundiais. Os tais brancos de olhos azuis.Obama, de acordo com a minha fonte, “ficou maravilhado com o arrojo do brasileiro, ao descer do trono e manifestar uma verdade que ninguém tinha coragem de dizer”.


Fonte: Juventude Brasil