quarta-feira, 11 de março de 2009

Oito de março! Dia de luta das mulheres por igualdade e autonomia


Na pauta do movimento feminista o dia 08 de março não representa apenas comemorações ou troca de flores e agrados, essa data foi construída por mobilizações das mulheres trabalhadoras ao longo dos séculos.
Caracterizam essas mobilizações a organização das mulheres em muitos países pelo direito ao voto, a ação autônoma das operárias russas que desencadearam a Revolução saindo às ruas contra a fome, a guerra e a tirania. Alem da 2º Conferencia das mulheres Socialistas em agosto de 1910, realizado em Copenhague, na Dinamarca proposto por Clara Zetkin e outras companheiras, dentre outras frentes de luta. Hoje apesar de alguns avanços significativos a luta pela emancipação da vida e do corpo das mulheres ainda é árdua. Mas é esse sentimento de libertação e equidade que faz as mulheres irem às ruas num misto de reivindicações e ousadia na batalha por um mundo mais digno e fraterno. A mídia ajuda a alimentar esse modelo patriarcal quando em seus programas direcionados ao interesse do grande capital vulgariza o corpo das mulheres retratando-as como mercadoria, submetendo a situações constrangedoras de submissão e venda do corpo perfeito como padrão de beleza para a sociedade. A violência contra as mulheres, em casa, na rua, no trabalho, é um dos pilares de uma sociedade capitalista e neoliberal, baseada na exploração do trabalho de muitas em favor do lucro de poucos. Queremos que se cumpram direitos de todas as mulheres, trabalhadoras do campo e da cidade, como as empregadas domésticas, imigrantes, desempregadas, lésbicas, indígenas, as jovens, camponesas, negras, portadoras de deficiência e as donas de casa que reivindicam seu direito à aposentadoria. Queremos soberania e democracia a partir da auto-organização dos povos, valorização do trabalho das mulheres e de seu papel como protagonistas sociais. Como deputado mesmo com as limitações do parlamento burguês estamos contribuindo na defesa dos direitos das mulheres, através da economia solidaria e da pauta do movimento, por acreditamos em um novo modelo de políticas publicas emancipatorias e articuladas entre sociedade civil e estado. Reconhecemos o esforço de todas as mulheres das organizações, partidos, universidades, sindicatos e sociedade civil que estão juntas na construção desse 08 de março. Colocamos o nosso mandato a disposição dessa luta, pois só com a participação ativa e efetiva das mulheres nos movimentos sociais poderemos mudar a conjuntura de opressão que nossas trabalhadoras ainda vivem. Sem feminismo não há socialismo!

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