O Grupo de Resistência Asa Branca – GRAB, fundado no dia 17 de março de 1989, está completando 20 anos de militância voltada para a comunidade Homo afetiva. E para comemorar a data, a entidade preparou uma extensa programação que inclui seminários, sessão
Para o deputado federal Eudes Xavier (PT-CE), o Grab tem uma trajetória de luta e de ousadia, levada por uma militância consciente dos seus direitos e profundamente envolvida nas ações realizadas pela entidade. “ Sabemos que não é fácil para a comunidade LGBTT ter seus direitos efetivados, direito a amar sem ser mais uma vitima de violência homo/les/transfobica. Mas acreditamos que essa realidade vai mudar através das políticas publicas especificas e de ações concretas no combate ao preconceito. Estamos na luta por um mundo livre de opressões independente de classe, gênero, raça e etnia e orientação sexual “, destaca o deputado Eudes Xavier.
A História...
Em 1992, o Grab foi reconhecido como de Utilidade Pública Municipal. Já em 1995, contribuiu ativamente para a aprovação da emenda à Lei Orgânica de Fortaleza, que garante mecanismos de enfrentamento à discriminação aos homossexuais. No ano de 1998, atuou diretamente para a aprovação da Lei Municipal 8.211/98 que pune práticas discriminatórias devido à orientação sexual. Com o impacto da AIDS sobre as comunidades homossexuais, no final dos anos 80, o apoio direto às pessoas que vivem com HIV/AIDS torna-se também uma das bandeiras de luta do GRAB. Avançar na organização social, na mobilização comunitária, e na efetivação dos direitos humanos dos/as homossexuais e das pessoas com HIV/AIDS, passa a ser também um exercício diário da entidade. O GRAB é uma das entidades fundadoras e membro atual da coordenação do Fórum de ONGs/AIDS do Ceará. No decorrer desses 20 anos, o GRAB tem atuado diretamente no enfrentamento ao preconceito por orientação sexual em diversas instâncias da sociedade, através da construção da cidadania homossexual na premissa de que esta perpassa todas as esferas da vida humana, exigindo uma atuação plural que contemple a justiça, a saúde, a educação, a cultura, a formação profissional, contribuindo para que essa população vivencie plenamente seus direitos sexuais e sociais. Desta forma, a instituição tem desenvolvido diversas ações e projetos nas áreas da Saúde (prevenção das DST/HIV/AIDS e apoio às pessoas vivendo com HIV/AIDS), Qualificação Profissional (cursos de informática e centro de estética), Direitos Humanos (assistência jurídica e psico-social gratuita em casos de discriminação por orientação homossexual), Ativismo (politização e luta pelo controle social das políticas públicas) e Organização das Paradas pela Diversidade Sexual no Ceará O GRAB, como entidade pioneira na luta pelos direitos dos homossexuais no estado do Ceará, tem desenvolvido ações sócio-educativas e de intervenção social, sob o princípio de prioridade em melhorar a qualidade de vida de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e estreitar, cada vez mais, o diálogo entre o movimento comunitário homossexual e a sociedade civil.
Confira a Programação:- Seminário " 20 anos de resistência: construindo a igualdade " Dia: quinta-feira - 26.03 - 14h às 17h Centro Dragão do Mar**-
Festa: " Celebrando com orgulho os 20 anos "Dia: sexta-feira - 27.03 - 17hSede do Grab**- Sessão solene: " Homenagem aos 20 anos do GRAB "Dia: quinta-feira - 02.04 - 15hAssembléia Legislativa - Plenário 13 de MaioParticipe das atividades! Maiores
informações: http://www.grab.org.br/index.html
segunda-feira, 30 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
Estou grávida da minha namorada
Munira Khalil El Ourra não vai dar à luz, mas é mãe de duas crianças que vão nascer até a primeira semana de maio. Quem está na 31ª semana de gestação é sua companheira, Adriana Tito Maciel. A barriga é de Adriana. Os óvulos fecundados que grudaram no útero dela pertenciam a Munira. Os bebês já têm nome: Eduardo e Ana Luísa. Serão paridos e amamentados por Adriana, de pele marrom e cabelo que nasce crespo. Mas terão a cara de Munira, branquinha e de cabelo liso.
Para a lei, mãe biológica é quem carrega a criança no ventre. Mas um exame de DNA mostraria o contrário. Nem Adriana nem Munira pretendem disputar na Justiça a guarda das crianças. O que elas querem é sair da maternidade juntas, com um documento que permita registrar as crianças no cartório com o sobrenome de cada uma e o nome das duas mães na certidão de nascimento. Como qualquer família normal.
O sonho de ter filhos era antigo para as moças de 20 e poucos anos que se conheceram em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo. A decisão de namorar sério foi influenciada por esse interesse em comum. Em poucos meses, estavam dividindo um apartamento e fazendo planos. Algum tempo depois, Adriana descobriu no ginecologista que seu útero estava ameaçado por uma doença que já lhe tinha arrancado um ovário: a endometriose. “Fiz tratamento desde os 18 anos”, diz Adriana. “Na época, achavam que era cólica menstrual e medicavam com morfina. Quando descobriram, já tinha perdido o ovário direito. E as dores continuavam.” O médico disse a ela que uma gravidez reduziria o problema em 80% e ainda lhe daria a chance de ter um filho antes que o útero ficasse inválido.
Apesar do relacionamento ainda recente, Munira e Adriana aceitaram a ideia e procuraram um especialista em reprodução humana no Hospital Santa Joana para fazer a inseminação artificial. “A gente achava que iria comprar esperma, levar para casa e aplicar com uma seringa”, diz Munira. Os planos mudaram quando o novo médico descobriu que Adriana só tinha metade do ovário esquerdo e já não podia engravidar com os próprios óvulos. Ele sugeriu que Munira cedesse os seus. Se usassem o sêmen de um homem de mesmos traços que Adriana, o filho seria parecido com as duas mães.
As duas moças se animaram com a possibilidade de ter um filho que tivesse um pouco de cada uma. Ainda hoje, Adriana se emociona ao contar essa parte da história. Tinha sido muito dolorido receber a notícia de que não poderia ter filhos do seu próprio sangue, e o gesto de Munira foi mais que bem-vindo. “Foi a maior prova de amor que ela poderia me dar.”
Decisão tomada, era preciso fazer alguns exames e começar o tratamento hormonal para estimular os ovários de Munira e sincronizar os ciclos menstruais das duas. Os óvulos de Munira deveriam estar prontos para a inseminação artificial (em laboratório) na mesma época em que o útero de Adriana estivesse pronto para fixar os embriões. Munira se queixava dos percalços do tratamento. De abril a agosto do ano passado, as injeções diárias na barriga, a oscilação de humor que parecia uma TPM constante, a ultrassonografia vaginal toda semana, o acúmulo de líquido no corpo e o ganho de peso eram o preço que ela tinha de pagar pela bênção de ser mãe. Em breve, seria a vez de Adriana suportar a gravidez.
Quando essa fase chegou, Munira diz ter sentido em seu corpo muitos dos sintomas da gravidez da companheira. “Parecia que eu tinha ficado grávida também.” Ela diz ter sentido enjoos, estrias que nunca haviam existido, mau humor, dores nas costas, dor nas pernas, cansaço de dia, insônia de noite e até desejos estranhos. Fernando Prado, o ginecologista das duas, diz não ter explicação para essa sintonia. Ele não descarta que Munira possa até mesmo ter leite quando os bebês nascerem.
Dos exames à gravidez, todo o processo funcionou até melhor que o esperado. “Eu não imaginava que daria certo de primeira”, diz Prado. Segundo ele, a chance de uma inseminação desse tipo vingar é de 50%, levando em consideração a idade das pacientes e outras condições de saúde. Como Adriana ainda tinha miomas no útero por causa da endometriose, imaginou que seria preciso retirá-los antes. Mas eles nem fizeram cócegas. Para ajudar, em vez dos dez a 15 óvulos esperados após o tratamento hormonal, Munira rendeu mais de 20.
Para a lei, mãe biológica é quem carrega a criança no ventre. Mas um exame de DNA mostraria o contrário. Nem Adriana nem Munira pretendem disputar na Justiça a guarda das crianças. O que elas querem é sair da maternidade juntas, com um documento que permita registrar as crianças no cartório com o sobrenome de cada uma e o nome das duas mães na certidão de nascimento. Como qualquer família normal.
O sonho de ter filhos era antigo para as moças de 20 e poucos anos que se conheceram em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo. A decisão de namorar sério foi influenciada por esse interesse em comum. Em poucos meses, estavam dividindo um apartamento e fazendo planos. Algum tempo depois, Adriana descobriu no ginecologista que seu útero estava ameaçado por uma doença que já lhe tinha arrancado um ovário: a endometriose. “Fiz tratamento desde os 18 anos”, diz Adriana. “Na época, achavam que era cólica menstrual e medicavam com morfina. Quando descobriram, já tinha perdido o ovário direito. E as dores continuavam.” O médico disse a ela que uma gravidez reduziria o problema em 80% e ainda lhe daria a chance de ter um filho antes que o útero ficasse inválido.
Apesar do relacionamento ainda recente, Munira e Adriana aceitaram a ideia e procuraram um especialista em reprodução humana no Hospital Santa Joana para fazer a inseminação artificial. “A gente achava que iria comprar esperma, levar para casa e aplicar com uma seringa”, diz Munira. Os planos mudaram quando o novo médico descobriu que Adriana só tinha metade do ovário esquerdo e já não podia engravidar com os próprios óvulos. Ele sugeriu que Munira cedesse os seus. Se usassem o sêmen de um homem de mesmos traços que Adriana, o filho seria parecido com as duas mães.
As duas moças se animaram com a possibilidade de ter um filho que tivesse um pouco de cada uma. Ainda hoje, Adriana se emociona ao contar essa parte da história. Tinha sido muito dolorido receber a notícia de que não poderia ter filhos do seu próprio sangue, e o gesto de Munira foi mais que bem-vindo. “Foi a maior prova de amor que ela poderia me dar.”
Decisão tomada, era preciso fazer alguns exames e começar o tratamento hormonal para estimular os ovários de Munira e sincronizar os ciclos menstruais das duas. Os óvulos de Munira deveriam estar prontos para a inseminação artificial (em laboratório) na mesma época em que o útero de Adriana estivesse pronto para fixar os embriões. Munira se queixava dos percalços do tratamento. De abril a agosto do ano passado, as injeções diárias na barriga, a oscilação de humor que parecia uma TPM constante, a ultrassonografia vaginal toda semana, o acúmulo de líquido no corpo e o ganho de peso eram o preço que ela tinha de pagar pela bênção de ser mãe. Em breve, seria a vez de Adriana suportar a gravidez.
Quando essa fase chegou, Munira diz ter sentido em seu corpo muitos dos sintomas da gravidez da companheira. “Parecia que eu tinha ficado grávida também.” Ela diz ter sentido enjoos, estrias que nunca haviam existido, mau humor, dores nas costas, dor nas pernas, cansaço de dia, insônia de noite e até desejos estranhos. Fernando Prado, o ginecologista das duas, diz não ter explicação para essa sintonia. Ele não descarta que Munira possa até mesmo ter leite quando os bebês nascerem.
Dos exames à gravidez, todo o processo funcionou até melhor que o esperado. “Eu não imaginava que daria certo de primeira”, diz Prado. Segundo ele, a chance de uma inseminação desse tipo vingar é de 50%, levando em consideração a idade das pacientes e outras condições de saúde. Como Adriana ainda tinha miomas no útero por causa da endometriose, imaginou que seria preciso retirá-los antes. Mas eles nem fizeram cócegas. Para ajudar, em vez dos dez a 15 óvulos esperados após o tratamento hormonal, Munira rendeu mais de 20.
sábado, 14 de março de 2009
sexta-feira, 13 de março de 2009
Militares Gays não serão mais punidos na Argentina
Entrou em vigor na Argentina o novo Código Militar adotando, entre outras normas, a descriminalizaçã o da Homossexualidade nas Forças Armadas.
Pelas normas, não só os Homossexuais passam a ser permitidos nas tropas militares como haverá também punição à discriminação.
Antes da reforma, soldados Homossexuais eram presos sob a acusação de "delito de honra" que poderiam acontecer dentro ou fora dos campos militares.
As novas regras substituem o Código de Justiça Militar de 1951 e incluem o fim da pena de morte por traição, rebelião ou espionagem.
Além disso, os militares passam a ser julgados pela Justiça comum.
http://www.gay1. com.br:80/ cgi-bin/news/ viewnews. cgi?id=200903022 01584421849&tmpl=news
Pelas normas, não só os Homossexuais passam a ser permitidos nas tropas militares como haverá também punição à discriminação.
Antes da reforma, soldados Homossexuais eram presos sob a acusação de "delito de honra" que poderiam acontecer dentro ou fora dos campos militares.
As novas regras substituem o Código de Justiça Militar de 1951 e incluem o fim da pena de morte por traição, rebelião ou espionagem.
Além disso, os militares passam a ser julgados pela Justiça comum.
http://www.gay1. com.br:80/ cgi-bin/news/ viewnews. cgi?id=200903022 01584421849&tmpl=news
quinta-feira, 12 de março de 2009
quarta-feira, 11 de março de 2009
Oito de março! Dia de luta das mulheres por igualdade e autonomia
Na pauta do movimento feminista o dia 08 de março não representa apenas comemorações ou troca de flores e agrados, essa data foi construída por mobilizações das mulheres trabalhadoras ao longo dos séculos.
Caracterizam essas mobilizações a organização das mulheres em muitos países pelo direito ao voto, a ação autônoma das operárias russas que desencadearam a Revolução saindo às ruas contra a fome, a guerra e a tirania. Alem da 2º Conferencia das mulheres Socialistas em agosto de 1910, realizado em Copenhague, na Dinamarca proposto por Clara Zetkin e outras companheiras, dentre outras frentes de luta. Hoje apesar de alguns avanços significativos a luta pela emancipação da vida e do corpo das mulheres ainda é árdua. Mas é esse sentimento de libertação e equidade que faz as mulheres irem às ruas num misto de reivindicações e ousadia na batalha por um mundo mais digno e fraterno. A mídia ajuda a alimentar esse modelo patriarcal quando em seus programas direcionados ao interesse do grande capital vulgariza o corpo das mulheres retratando-as como mercadoria, submetendo a situações constrangedoras de submissão e venda do corpo perfeito como padrão de beleza para a sociedade. A violência contra as mulheres, em casa, na rua, no trabalho, é um dos pilares de uma sociedade capitalista e neoliberal, baseada na exploração do trabalho de muitas em favor do lucro de poucos. Queremos que se cumpram direitos de todas as mulheres, trabalhadoras do campo e da cidade, como as empregadas domésticas, imigrantes, desempregadas, lésbicas, indígenas, as jovens, camponesas, negras, portadoras de deficiência e as donas de casa que reivindicam seu direito à aposentadoria. Queremos soberania e democracia a partir da auto-organização dos povos, valorização do trabalho das mulheres e de seu papel como protagonistas sociais. Como deputado mesmo com as limitações do parlamento burguês estamos contribuindo na defesa dos direitos das mulheres, através da economia solidaria e da pauta do movimento, por acreditamos em um novo modelo de políticas publicas emancipatorias e articuladas entre sociedade civil e estado. Reconhecemos o esforço de todas as mulheres das organizações, partidos, universidades, sindicatos e sociedade civil que estão juntas na construção desse 08 de março. Colocamos o nosso mandato a disposição dessa luta, pois só com a participação ativa e efetiva das mulheres nos movimentos sociais poderemos mudar a conjuntura de opressão que nossas trabalhadoras ainda vivem. Sem feminismo não há socialismo!
Caracterizam essas mobilizações a organização das mulheres em muitos países pelo direito ao voto, a ação autônoma das operárias russas que desencadearam a Revolução saindo às ruas contra a fome, a guerra e a tirania. Alem da 2º Conferencia das mulheres Socialistas em agosto de 1910, realizado em Copenhague, na Dinamarca proposto por Clara Zetkin e outras companheiras, dentre outras frentes de luta. Hoje apesar de alguns avanços significativos a luta pela emancipação da vida e do corpo das mulheres ainda é árdua. Mas é esse sentimento de libertação e equidade que faz as mulheres irem às ruas num misto de reivindicações e ousadia na batalha por um mundo mais digno e fraterno. A mídia ajuda a alimentar esse modelo patriarcal quando em seus programas direcionados ao interesse do grande capital vulgariza o corpo das mulheres retratando-as como mercadoria, submetendo a situações constrangedoras de submissão e venda do corpo perfeito como padrão de beleza para a sociedade. A violência contra as mulheres, em casa, na rua, no trabalho, é um dos pilares de uma sociedade capitalista e neoliberal, baseada na exploração do trabalho de muitas em favor do lucro de poucos. Queremos que se cumpram direitos de todas as mulheres, trabalhadoras do campo e da cidade, como as empregadas domésticas, imigrantes, desempregadas, lésbicas, indígenas, as jovens, camponesas, negras, portadoras de deficiência e as donas de casa que reivindicam seu direito à aposentadoria. Queremos soberania e democracia a partir da auto-organização dos povos, valorização do trabalho das mulheres e de seu papel como protagonistas sociais. Como deputado mesmo com as limitações do parlamento burguês estamos contribuindo na defesa dos direitos das mulheres, através da economia solidaria e da pauta do movimento, por acreditamos em um novo modelo de políticas publicas emancipatorias e articuladas entre sociedade civil e estado. Reconhecemos o esforço de todas as mulheres das organizações, partidos, universidades, sindicatos e sociedade civil que estão juntas na construção desse 08 de março. Colocamos o nosso mandato a disposição dessa luta, pois só com a participação ativa e efetiva das mulheres nos movimentos sociais poderemos mudar a conjuntura de opressão que nossas trabalhadoras ainda vivem. Sem feminismo não há socialismo!
CONVITE A TODAS AS MULHERES!
CONVITE
A COORDENADORIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES VEM POR MEIO DESTE, CONVIDAR TODAS PARA SE FAZEREM PRESENTES AO LANÇAMENTO DA PUBLICAÇÃO “POLITICAS PARA AS MULHERES EM FORTALEZA: DESAFIOS PARA IGUALDADE”.
O EVENTO ACONTECERÁ NESTA QUINTA-FEIRA, DIA 12 DE MARÇO, A PARTIR DAS 18:00H, NO MERCADO DOS PINHÕES – PRAÇA VISCONDE DE PELOTAS ENTRE AS RUAS NOGUEIRA ACIOLY E GONÇALVES LEDO.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODAS!
ATENCIOSAMENTE,
COORDENADORIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES
Uma Fortaleza Bela e sem Violência é um Direito das Mulheres!
Coordenadoria Especial de Políticas Públicas
Para as Mulheres
Prefeitura Municipal de Fortaleza
Av. Luciano Carneiro, 2235, Vila União
Fone: 32558372/8329
A COORDENADORIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES VEM POR MEIO DESTE, CONVIDAR TODAS PARA SE FAZEREM PRESENTES AO LANÇAMENTO DA PUBLICAÇÃO “POLITICAS PARA AS MULHERES EM FORTALEZA: DESAFIOS PARA IGUALDADE”.
O EVENTO ACONTECERÁ NESTA QUINTA-FEIRA, DIA 12 DE MARÇO, A PARTIR DAS 18:00H, NO MERCADO DOS PINHÕES – PRAÇA VISCONDE DE PELOTAS ENTRE AS RUAS NOGUEIRA ACIOLY E GONÇALVES LEDO.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODAS!
ATENCIOSAMENTE,
COORDENADORIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES
Uma Fortaleza Bela e sem Violência é um Direito das Mulheres!
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segunda-feira, 2 de março de 2009
8 de março Dia Internacional da Mulher: em busca da memória perdida
SOF - Sempreviva Organização Feminista
A referência histórica principal das origens do Dia Internacional da Mulher é a II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em 1910, em Copenhague, na Dinamarca, quando Clara Zetkin propôs uma resolução de instaurar oficialmente um dia internacional das mulheres. Nessa resolução, não se faz nenhuma alusão ao dia 8 de março. Clara apenas menciona seguir o exemplo das socialistas americanas. É certo que a partir daí, as comemorações começaram a ter um caráter internacional, expandindo-se pela Europa, a partir da organização e iniciativa das mulheres socialistas.Essa e outras fontes históricas intrigaram a pesquisadora Renée Coté, que publicou em 1984, no Canadá, sua instigante pesquisa em busca do elo ou dos elos perdidos da história do dia internacional das mulheres. Renée, em sua trajetória de pesquisa, se deparou com a história das feministas socialistas americanas que tentavam resgatar do turbilhão da história de lutas dos trabalhadores no final do século XIX e início do século XX, a intensa participação das mulheres trabalhadoras, mostrar suas manifestações, suas greves, sua capacidade de organização autônoma de lutas, destacando-se a batalha pelo direito ao voto para as mulheres, ou seja, pelo sufrágio universal. A partir daí, levanta hipóteses sobre o por quê de tal registro histórico ter sido negligenciado ou se perdido no tempo. O que nos fica claro, a partir de sua pesquisa das fontes históricas é que a referência de um 8 de março ou uma greve de trabalhadoras americanas, manifestações de mulheres ou um dia da mulher, não aparece registrada nas diversas fontes pesquisadas no período, principalmente nos jornais e na imprensa socialista.Houve greves e repressões de trabalhadores e trabalhadoras no período que vai do final do século XIX até 1908, mas nenhum desses eventos até então dizem respeito à morte de mulheres em Nova York, que teria dado origem ao dia de luta das mulheres. Tais buscas revelam, para Coté, que não houve uma greve heróica, seja em 1857 ou em 1908, mas um feminismo heróico que lutava por se firmar entre as trabalhadoras americanas. Em busca do 8 de março retraçou a luta pela existência autônoma das mulheres socialistas americanas.As fontes encontradas revelam o seguinte: Em 3 de maio de 1908 em Chicago, se comemorou o primeiro "Woman's day, presidido por Lorine S. Brown, documentado pelo jornal mensal The Socialist Woman, no Garrick Theather, com a participação de 1500 mulheres que "aplaudiram as reivindicações por igualdade econômica e política das mulheres; no dia consagrado à causa das trabalhadoras" . Enfim, foi dedicado à causa das operárias, denunciando a exploração e a opressão das mulheres, mas defendendo, com destaque, o voto feminino. Defendeu-se a igualdade dos sexos, a autonomia das mulheres, portanto, o voto das mulheres, dentro e fora do partido.Já em 1909, o Woman's day foi atividade oficial do partido socialista e organizado pelo comitê nacional de mulheres, comemorado em 28 de fevereiro de 1909, a publicidade da época convocava o "woman suffrage meeting", ou seja, em defesa do voto das mulheres, em Nova York.Coté apura que as socialistas americanas sugerem um dia de comemorações no último domingo de fevereiro, portanto, o woman's day teve, no início, várias datas mas foi ganhando a adesão das mulheres trabalhadoras, inclusive grevistas e teve participação crescente.Os jornais noticiaram , o woman's day em Nova York, em 27 de fevereiro de 1910, no Carnegie Hall, com 3000 mulheres, onde se reuniram as principais associações em favor do sufrágio, convocado pelas socialistas mas com participação de mulheres não socialistas.Consta que houve uma greve longa dos operários têxteis de Nova York (shirtwaist makers) que durou de novembro de 1909 a fevereiro de 1910, 80% dos grevistas eram mulheres e que terminou 12 dias antes do woman's day. Essa foi a primeira greve de mulheres de grande amplitude denunciando as condições de vida e trabalho e demonstrou a coragem das mulheres costureiras, recebendo apoio massivo. Muitas dessas operárias participaram do woman's day e engrossaram a luta pelo direito ao voto das mulheres ( conquistado em 1920 em todo os EUA).Clara Zetkin, socialista alemã, propõe que o woman's day ou women's day se torne "uma jornada especial, uma comemoração anual de mulheres, seguindo o exemplo das companheiras americanas". Sugere ainda, num artigo do jornal alemão Diegleichheit, de 28/08/1910, que o tema principal seja a conquista do sufrágio feminino.Em 1911, o dia internacional das mulheres, foi comemorado pelas alemãs, em 19 de março e pelas suecas, junto com o primeiro de maio etc. Enfim, foi celebrado em diferentes datas.Em 1913, na Rússia, sob o regime czarista, foi realizada a Primeira Jornada Internacional das Trabalhadoras pelo sufrágio Feminino. As operárias russas participaram da jornada internacional das mulheres em Petrogrado e foram reprimidas. Em 1914, todas os organizadoras da Jornada ou Dia Internacional das Mulheres na Rússia foram presas, o que tornou impossível a comemoração. Em 1914, o Dia Internacional das Mulheres, na Alemanha foi dedicado ao direito ao voto para as mulheres. E foi comemorado pela primeira vez no dia 8 de março, ao que consta porque foi uma data mais prática naquele ano.As socialistas européias coordenavam as comemorações em torno do direito ao voto vinculando-o à emancipação política das mulheres, mas a data era decidida em cada país.Em tempos de guerra, o dia internacional das mulheres passou a segundo plano na Europa.Outra referência instigante, que leva a indicação da origem da fixação do dia 8 de março, foi a ligação dessa data com a participação ativa das operárias russas em ações que desencadearam a revolução russa de 1917. Portanto, uma ação política das operárias russas no dia 8 de março, no calendário gregoriano, ou 23 de fevereiro, no calendário russo, precipitou o início da ações revolucionárias que tornaram vitoriosa a revolução russa.Alexandra Kolontai , dirigente feminista da revolução socialista escreveu sobre o fato e sobre o 8 de março, mas, curiosamente, desaparece da história do evento. Diz ela: " O dia das operárias em 8 de março de 1917 foi uma data memorável na história. A revolução de fevereiro acabara de começar". O fato também é mencionado por Trotski, dirigente da revolução, na História da Revolução Russa. Nessas narrativas fica claro, que as mulheres desencadearam a greve geral, saindo corajosamente, às ruas de Petrogrado, no dia internacional das mulheres, contra a fome, a guerra e o czarismo. Trotski diz: " 23 de fevereiro ( 8 de março) , era o dia internacional das mulheres estava programado atos, encontros etc. Mas não imaginávamos que este "dia das mulheres" viria a inaugurar a revolução. Estava planejado ações revolucionárias mas sem data prevista. Mas pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixam o trabalho de várias fábricas e enviam delegadas para solicitarem sustentação da greve... o que se transforma em greve de massas.... todas descem às ruas".Constata-se que a revolução foi desencadeada por elementos de base que superaram a oposição das direções e a iniciativa foi das operárias mais exploradas e oprimidas, as têxteis. O número de grevistas foi em torno de 90.000, a maioria mulheres. Constata-se que o dia das mulheres foi vencedor, foi pleno e não houve vítimas.Renée Coté encontra, por fim, documentos de 1921 da Conferência Internacional das Mulheres Comunistas onde " uma camarada búlgara propõe o 8 de março como data oficial do dia internacional da mulher, lembrando a iniciativa das mulheres russas".A partir de 1922, o Dia Internacional da Mulher é celebrado oficialmente no dia 8 de março. Essa história se perdeu nos grandes registros históricos seja do movimento socialista, seja dos historiadores do período. Faz parte do passado histórico e político das mulheres e do movimento feminista de origem socialista no começo do século. Algumas feministas européias na década de 70, por não encontrarem referência concreta às operárias têxteis mortas em um incêndio em 1857, em Nova York, chegaram a considera-lo um fato mítico. Mas essa hipótese foi descartada diante de tantos fatos e eventos vinculando as origens do dia internacional da mulher às mulheres americanas de esquerda. Quanto aos elos perdidos dos fatos em torno do dia 8 de março, levantam-se várias hipóteses, em busca de mais aprofundamento. É certo que, nos EUA, em Nova York, as operárias têxteis já denunciavam as condições de vida e trabalho, já faziam greves . E esse momento de organização das trabalhadoras fazem parte de todo um processo histórico de transformações sociais que colocaram as mulheres em condições de lutarem por direitos, igualdade e autonomia participando do contexto social e político que motivaram a existência de um dia de comemoração que simbolizasse suas lutas, conquistas e necessidade de organização. É preciso, pois, entretecer os fios da história desse período.Desse contexto, surge um dos relatos a ser precisado em suas fontes documentais, sintetizado por Gládis Gassen, (em texto para as trabalhadoras rurais da FETAG), nos indicando que, em março de 1911, dezoito dias após o woman's day, não em 1857, " numa mal ventilada indústria têxtil, que ocupava os 3 últimos andares de um edifício de 10 andares , na Triangle Schirwaist Company, de New York, estalou um incêndio que envolveu 500 mulheres jovens, judias e italianas imigrantes, que trabalhavam precariamente, com o assoalho coberto de materiais e resíduos inflamáveis, o lixo amontoado por todas as partes, sem saídas em caso de incêndio, nem mangueiras para água... Para " impedir a interrupção do trabalho", a empresa trancava à chave a porta de acesso à saída. Quando os bombeiros conseguiram chegar onde estavam as mulheres, 147 já tinham morrido, carbonizadas ou estateladas na calçada da rua, para onde se jogavam em desepero. Após essa tragédia, nomeou-se a Comissão Investigadora de Fábricas de New York, que tinha sido solicitada há 50 anos! E se iniciram, assim, as legislações de proteção à saúde e à vida das trabalhadoras. A líder sindical Rosa Scneiderman organizou 120.000 trabalhadoras no funeral das operárias para lamentar a perda e declarar solidariedade a todas as mulheres trabalhadoras" .Assim, embora, seja necessário continuar a procurar o fio da meada, é certo que todo um ciclo de lutas, numa era de grandes transformações sociais, até as primeiras décadas do século XX, tornaram o dia internacional das mulheres o símbolo da participação ativa das mulheres para transformarem a sua condição e a transformarem a sociedade.Estamos nós assim, anualmente, como nossas antecessoras comemorando nossas iniciativas e conquistas, fazendo um balanço de nossas lutas, atualizando nossa agenda de lutas pela igualdade entre homens e mulheres e por um mundo onde todos e todas possam viver com dignidade e plenamente.Referências Bibliográficas:- Cote, Renée. (1984) La Journée internationale dês femmes ou les vrais dates des mystérieuses origines du 8 de mars jusqu'ici embrouillés, truquées, oubliées : la clef dês énigmes .La vérité historique. Montreal: Les éditions du remue ménage. - Gassem, Gladis. (2000) Ato de solidariedade a mulher trabalhadora Ou, Afrodite surgindo dos mares. 8 de Março de 2000. Organização das trabalhadoras rurais. FETAG/RS.SOF: www.sof.org. br - sof@sof.org. brO 8 de março é o dia internacional de luta das mulheres. Relembra as operárias têxteis de Nova Iorque em greve por melhores condições de trabalho, as mulheres russas que lutavam por paz, pão e terra - e inauguraram a revolução de 1917, além de tantas outras batalhas.Em 2000, o 8 de março abriu a Marcha Mundial das Mulheres, que mobilizou 161 países, contra a pobreza e a violência sexista. Cerca de 600 grupos de mulheres de todos os Estados brasileiros participaram ativamente. Nossas reivindicações ainda não foram totalmente atendidas e por isto nossa articulação permanece.No Brasil, FHC e o governo Covas em São Paulo aplicam a cartilha neoliberal do FMI e Banco Mundial, reprimem violentamente os movimentos sociais, atacam os direitos conquistados pelas mulheres à custa de muita luta e não enfrentam a grave questão das desigualdades entre homens e mulheres. Já somos 30% "dos" chefes de família no país, mas ganhamos em média cerca de 65% do valor dos salários dos homens, no Estado de São Paulo. Ao olharmos para os índices de violência, a situação não é melhor: a cada quatro minutos, uma mulher é vítima de algum tipo de agressão, em distintas classes sociais. O índice de mulheres que morrem com problemas relacionados à gravidez é semelhante ao dos países mais pobres da América Latina.A situação das mulheres negras no Brasil é ainda mais grave. Por exemplo, recebem em média salários e rendimentos com a metade do valor recebido pelas brancas.A nós, mulheres, é "dada" a responsabilidade pelo trabalho doméstico, cuidado dos filhos, doentes e idosos. Por isto, somos nós quem arcamos com as conseqüências dos serviços de saúde, educação e transporte que estão cada vez piores, e a falta de creches e moradia. Queremos que estas responsabilidades sejam partilhadas na família e que o Estado assegure serviços públicos de qualidade.O pagamento da dívida externa, às custas do suor e do sangue das trabalhadoras e do povo - e às custas da venda de nossos direitos e conquistas - entra em choque com nosso anseio de socializar a responsabilidade pela sobrevivência e o cuidado com os filhos, exigência básica para nossa verdadeira libertação. Por isto, temos particular interesse na luta pela soberania nacional, contra o pagamento da dívida externa, contra as privatizações e contra o governo FHC.ESTAMOS EM LUTA PERMANENTEPOR UM BRASIL LIVRE E SOBERANO,IGUAL, SOLIDÁRIO E JUSTO,COM AUTODETERMINAÇÃ O DAS MULHERES.O BRASIL PODE SER MELHOR COM:· suspensão do pagamento da dívida externa, com auditoria e direcionamento dos recursos para políticas sociais;· o fim das privatizações e com a reestatização dos serviços públicos;· reforma urbana e moradia digna;· soberania alimentar (livre de transgênicos e agrotóxicos);· pleno emprego e fim da precarização das relações de trabalho;· salário-mínimo digno e justo;· redução da jornada de trabalho, sem redução de salário;· reforma agrária e acesso das mulheres à terra;· aposentadoria para as trabalhadoras rurais;· FGTS para as trabalhadoras domésticas;· salário-maternidade com valor igual ao salário normal;· auxílio-maternidade para mulheres desempregadas ou no trabalho informal;· políticas públicas que beneficiem às mulheres, pessoas de raça negra, portadores/as de necessidades especiais, homossexuais, indígenas e outros setores discriminados (nas áreas de saúde, moradia, transporte e educação - em especial, a garantia de creches);· direito à livre orientação sexual;· o fim da violência contra as mulheres com programas de prevenção e combate;· o fim da violência e autoritarismo, estatal e privado (violência dentro dos órgãos públicos e privados; repressão policial nas ruas contra os movimentos sociais);· efetivação do SUS (Sistema Único de Saúde) e implementação do PAISM (Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher);· legalização do aborto, com pleno atendimento pela rede pública;· igualdade no espaço público e doméstico;· acesso (e permanência) das mulheres às novas tecnologias (informática) ;· meios de comunicação democráticos e éticos, sem mensagens violentas, discriminatórias, consumistas e sem vulgarização do corpo feminino.
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